Com certeza, 2010 foi o ano da minha vida em que eu mais vi shows. Depois de alucinar em quase todos os dias do Conexão Vivo em BH, ainda sem (voltar a) trabalhar aqui na Cria! Cultura, viajei um bucado com o programa para a Bahia e para o Pará e vi muita coisa boa (e, sério, pouca coisa ruim).
Mas então – no final do ano, na hora de retrospectivas e tals, senti falta de ter sistematizado melhor infos sobre esses shows. Em 2011 vou tentar então fazer, mensalmente, uma retrospectiva desses shows que eu vi. Comecei bem o ano, já que janeiro foi bem agitado. Vamos lá! E ah – é minha opinião então nem frita, ok? À medida que eu lembrar de mais shows que por ventura eu tenha assistido em janeiro, vou completando.
Os Feios . Mercado das Borboletas . Adocica . 09/jan
Fuleragem completa e absoluta. Meu estado alcoolico avançado me impede de uma análise mais profunda. Mas foi divertido, eu acho.
Aldan + A Nuvem . 4a de Pegada . A Obra . 12/jan
Aldan muito me surpreendeu. Gente cantando as letras, boa presença, letras divertidas. Pop honesto belorizontino. Venceu meu preconceito e coisa e tal. 8 é justo. A Nuvem nem rola…muita viagem, muito deslocado. Não curti.
Instituto, Mayer Hawthorne, Janelle e Amy Winehouse . Summer Soul Festival . Arena Anhembi . 15/jan
Muito muito bom o show do Instituto, com vários convidados. Nota 9. Achei até estranho quando li o relato do Daniel Ganjaman sobre o que rolou. Mas som bom, repertório certo, banda foda, convidados idem. Genial.
O Mayer recebe 9 também. Com um show bem mais “simples” do que o da caricata Janelle, o cara ganhou o público fácil. Presença de palco, afinação, banda honesta. Baixei o CD depois e fiquei fã já.
A Janelle achei mais poser do que boa. Teve seus momentos, mas pra mim é 7. Esperava mais pelo que falavam maas…acontece.
E a Amy valeu meu ingresso. Comprar o ingresso foi totalmente no risco, e é lógico que houveram momentos muito tristes. Mas quando ela solta a voz cantando Valerie, ou quando ela sofre muito cantando Back to Black. Assim – chorei. sério. nota 8.
Luiz Gabriel Lopes . Nelson Bordello . 20/jan
Nota 7 pro show. Apesar de ter achado bem doido muita gente assistir o show sentadinho, prestando atenção e coisa e tal, acho que o som do Bordello não contribui de forma alguma pro tipo de som do Luiz. Gosto muito do Passando Portas, e não acho que o show foi a altura do que é o CD. Acontece. Mas espero ver em outra oportunidade, com um som melhor, em um lugar que tenha mais a vibe universalizante libertária do CD.
The Hell’s Kitchen Project convida . Teatro Oi/Klaus Viana . 26/jan
sem dúvida, o melhor show que já vi (e não foram poucos) do THKP. No palco, muitos convidados se juntaram à cozinha. As guitarras convidadas deram um peso interessante, mas nada se compara aos metais (e nem era um trio) que também tavam lá. Hell’s com metais é imbatível. Nota 9.
Cães do Cerrado . 4a de pegada . Obra . 26/jan
Foi o lançamento do CD dos caras – Feio, Sujo e Barulhento. E é basicamente isso. Não faz meu estilo, mas tinha gente se divertindo a valer. 6.
Garotas Suecas e Dead Lover’s . Studio Bar . Vinyl Land . 28/jan
Aí sim. O Dead Lover’s tem mandado muito bem nos show do primeiro álbum cheio deles, o DLTH, lançado ano passado. No show fica um pouco difícil parar de olhar para uma certa integrante do quarteto que fica nas baterias, mas a banda tá melhor do que nunca. Acho o álbum menos folk e mais brit-rock, se comparado ao primeiro EP, e as músicas ganham muito no show, em peso e, porque não, charme. Show muito bom, com muito público na cidade. 9 vale.
Já o Garotas Suecas gozou da facilidade do meu estado alcoolico para que eu considere o show bom. Apesar de ter sentido falta dos metais, já não tava entendendo muita coisa quando eles subiram no palco, mas sei que foi divertido. 8, mas sem certeza nenhuma.